Resenha O Diário de Anne Frank

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Divulgação

  O livro " O Diário de Anne Frank" nos retira dos textos endurecidos  e  memorizados pela maioria dos professores nas salas de aula e nos transportam para um lugar extremamente profundo, a Alemanha nazista vista através dos olhos de uma garota. É um relato real, histórico e angustiante de como foi ser uma jovem judia durante a Segunda Guerra Mundial. Para entendermos os anseios de Anne devemos entender qual foi o contexto histórico em que a narrativa se passa.
          A Alemanha encontrava-se humilhada, os alemães sofriam com o desemprego e passavam fome. Hitler, um ex-soldado da primeira guerra conseguiu levantar ideologias para tentar reerguer o país, no entanto, este seria apenas o começo de uma das maiores atrocidades cometidas pela raça humana.
Hitler Imagem: reprodução

         Führer ( líder) como era chamado Adolf Hitler vivenciou uma infância muito difícil, com uma mãe super protetora e um pai complicado. Ele  teve até mesmo que conviver algum tempo na rua, o que despertou em si certo ódio pela pobreza. Führer escreveu seu livro intitulado Minha Luta, uma verdadeira maneira de manipular as pessoas e disseminar ódio aos judeus. Suas teorias baseavam-se na raça ariana, uma raça superior que seria a alemã e raças inferiores, que seriam todas as outras , principalmente a judia  pois em seus pensamentos eles roubavam os empregos e as fortunas de qualquer alemão através da dominação do comércio e do mercado de trabalho.
            Anne Frank tinha treze anos quando começou a escrever em seu diário, pela sua escrita e seu nível de desenvolvimento de pensamento é difícil acreditar em sua pouca idade. Ela era engenhosa, incrível. A cada página lida você acaba se apaixonando cada vez mais. Seus pais e mais uma família  inteira acabam se escondendo em um Anexo, localizado em Amsterdã. Os dias vivenciados revelam a esperança da jovem em conseguir passar pela segunda grande guerra mundial e sair viva. Há em cada frase a exposição do seus sentimentos de medo, angústia e desespero. O que mais nos torna próximos dela é perceber seus sonhos ingênuos,  que todos temos com determinada idade. Queremos vivenciar as paixões, contrariamos nossos pais, desejamos comprar roupa, brincar e viver esperando o dia em que seremos adultos e cuidaremos do nosso próprio nariz. Aprendemos com ela a valorizarmos nossas vidas,  a sermos fortes e esperançosos. 
            O livro é  escrito como se estivesse sendo contado para uma amiga, Kitty. Há conteúdos filosóficos, pensamentos complexos e inteligentes ao longo da história. Há uma precisão de como os judeus se sentiam ao ver seus parentes, amigos ou colegas indo para os campos de concentração. Nós temos a visão do oprimido, que relata com desprezo os atos cometidos por Hitler. Atos que envolviam matar judeus inocentes com câmaras de gás, transportá-los como se fossem gado e ainda por cima proibir a sua livre circulação na cidade, além de discriminá-los e marcá-los raspando suas cabeças como se fossem animais indignos de viver.
              Ler esta obra além de ser uma fonte de conscientização sobre os regimes totalitários é valorizar a importância do relato histórico para que atrocidades não aconteçam novamente. Vivenciar o mundo de Anne é esvaziar-se de si e prestar atenção no  próximo que poderia ter ou venha a vivenciar muitas situações de angústias semelhantes. É uma leitura única que emociona, frustra e nos concede a sede de justiça.


Anne

 Imagens: reprodução. 



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